O edifício do séc. XVIII, com fachada de grande qualidade arquitectónica é constituído por 4 pisos, tem o último piso em ruína. O interior está completamente destruído restando exclusivamente a fachada. A proposta contempla a consolidação da fachada principal em ruína. O último piso é reconstruído com um desenho contemporâneo e materiais leves pela dificuldade de repor as cantarias existentes já com um certo desgaste e patine provocado pelo tempo. O carácter abstracto e neutro dos novos volumes permite destacar os edifícios existentes e a riqueza do trabalho de cantaria neles contidos.Optou-se por uma distribuição dos fogos em galeria na tradição de uso do espaço público exterior da envolvente. Os edifícios abrem-se para a encosta forçando a uma vivência urbana e a uma maior ambiguidade entre espaços público e privado.Organizou-se o interior dos fogos procurando sempre a melhor orientação solar –Norte-Sul. Assim, a galeria de distribuição apresenta-se a Norte, bem como os quartos. Todas as salas orientam-se a Sul – Poente. Nos novos edifícios partem do pressuposto de uma coincidência entre construção e composição. A fachada deve reflectir e evidenciar o parcelamento estreito do lote. Os novos edifícios serão construídos em betão armado. São utilizados materiais leves existentes no local: madeira, ferro, ardósia, chapa ondulada, azulejo no preenchimento dos vãos e tratamento das empenas. O edifício quer-se neutro e silencioso, para evidenciar o conjunto onde está inserido, sem linguagem, sem tempo…
Data2017-2020
LocalizaçãoMiragaia, Porto, Portugal
Área1.541 m²
ArquitecturaFrancisco Vieira de Campos e Cristina Guedes
Equipa de ProjectoCristina Maximino, Gonçalo Castro, Inês Mesquita, Ricardo Medina, José Pedro Rocha, Inês Marinho Batista, Adrián Sifres Ortega, Cláudia Costa
EstruturasEulália Soares - Newton-C
Instalações HidráulicasFernanda Valente - Newton-C
Instalações Eléctricas, Segurança e TelecomunicaçõesMaria da Luz Santiago - AFA Consult
Instalações MecânicasAndré Borges - Enescoord
DecoraçãoVasco Madeira e Raquel Barbosa
FotografiaJosé Campos
Menos é Mais