O projecto para uma loja na Rua do Souto em Braga ocupa duas construções preexistentes com características distintas: por um lado um edifício do séc. XIX de três pisos com um pátio romântico com fonte, nichos e palmeira que se restaura e recupera, e, por outro, um edifício estreito que ocupa uma passagem que deu nome à Casa do passadiço que se transforma e encena. A ligá-los um caixa de betão aparente.
Para reforçar a leveza da caixa de betão – essencialmente tosca – o pavimento térreo é de mosaico vidrado – opus veneziano – branco pontuado com vidro e folha de ouro.
Repõe-se o saibro das paredes do pátio, recuperam-se os estuques, bem como os soalhos dos pavimentos. Se nos pisos superiores se expõem colecções de alta-costura, com sala de provas forrada a folha de alumínio, no piano nobile, na caixa de betão suspensa no piso de entrada, expõem-se básicos e acessórios.
Funcionando como contraponto à entrada – uma passagem esguia – pela caixa de betão – a montra é uma estrutura cúbica de madeira forrada a tela dentro da sala – oferece grande capacidade de mudança.
Projecto1995
Construção1997
ClienteJoão Esteves da Silva
LocalizaçãoRua do Souto 36, Braga, Portugal
ArquitecturaCristina Guedes, Francisco Vieira de Campos e Fernando Pinto Coelho
Equipa de ProjectoLúcia Abreu, Margarida Paixão e Timothy Schultz
EngenhariaPoliedro, SPQ, Coritei, Protermia
ConstrutorCantinhos
FotografiaNuno Borges de Araújo