edifícios de habitação polis cacém

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Projecto aberto 

Edifícios que se abrem à cidade

Flexibilidade e transparência

Criação de uma imagem nova e positiva para o Cacém

Projecto em aberto

O realojamento deve incorporar os desejos de todos os seus participantes

Optimismo é liberdade

Várias hipóteses de agregação de tipologias

Espaços generosos e indeterminados permitem vários tipos de apropriação

Moldando a especulação

Pela introdução de espaços qualificados

Facilidade construtiva

Sistema modular e repetitivo

Questões prévias

Os edifícios a projectar no lote 8, 9 e 15, situam-se numa estrutura urbana densa e algo caótica com construções recentes de fraca qualidade.

Os três edifícios propostos devem reflectir uma imagem nova e positiva para o Cacém.

Pela sua proximidade prevê-se que os três edifícios tenham a mesma linguagem e o mesmo conceito, constituindo-se como pontos de referência urbanos marcantes.

Os três lotes apresentam grandes diferenças de tamanho e forma.

Foi nossa estratégia que os três edifícios fossem iguais para sobressair a especificidade de cada local.

Défice de espaço público

Optou-se por uma distribuição dos fogos em galeria em resposta ao défice de espaço público da envolvente.

O espaço semi-público da galeria é um espaço de convivência e sociabilidade por excelência, invertendo a actual tendência de isolamento e autismo dos habitantes das grandes metrópoles.

Os edifícios abrem-se para a rua como uma grande loggia exterior forçando a uma vivência urbana e a uma maior ambiguidade entre espaços público e privado.

Para compensar este grau de exposição uma série de layers em forma de painéis deslizantes são colocados de forma casual em ambos os lados da galeria conferindo como que diferentes véus de privacidade.

Além das galerias, o projecto propõe outras tipologias de espaço aberto: sejam varandas (recuadas), terraços colectivos ou ainda espaços abertos entre os fogos (ver esquemas de agregação).

Projecto aberto

O processo de desenho e construção dos edifícios de realojamento deve incluir um grande número de desejos dos seus participantes.

Um programa em aberto levou-nos a sugerir vários tipos de desenvolvimento para as tipologias T1, T2 e T3 com diferentes desenvolvimentos em largura e em altura:

a) Desenvolvimento dos fogos num piso

b) Desenvolvimento dos fogos em dois pisos

c) Fogos com 2 módulos de largura nos quartos e sala

d) Fogos com 2 módulos de largura nos quartos e três módulos de largura nas salas

e) Tipologias excepcionais resolveram as situações particulares de encosto da métrica ortogonal com as empenas inclinadas quase sempre com tipologias t3 permitindo salas de maiores dimensões.

 

Esta grande liberdade na escolha das tipologias advém de um sistema construtivo regrado e modular. Cada edifício tem um modulo base de aproximadamente 1,5m que permite vãos económicos de 3m e 4,5m.

Por outro lado a distribuição dos fogos em galeria possibilita uma grande flexibilidade na distribuição do programa; ora permitindo ganhar área para construir habitações mais espaçosas ora permitindo optar por construir maior número de fogos, ou ainda introduzir espaços abertos de uso colectivo entre os fogos.

Tipologias de duplo pé direito

Moldando a especulação

As tipologias com salas de pés direitos duplos contrariam a lógica consumista da construção envolvente de especulação imobiliária, sem de facto levar um aumento significativo do custo do fogo.

Nestas tipologias investe-se no interior para gerar uma espacialidade densa, generosa, “antiga”.

Estes espaços generosos e indeterminados, permitem vários tipos apropriação pelos seus utentes. As tipologias são evolutivas – podendo ser transformadas em T2, T3, T4.

Tipologias correntes  T1, T2, T3

Restrição e inovação

Estas tipologias procuram ser um exemplo de como forçar os limites entre as regras e normativas urbanas para obter espaços inovadores e mais qualificados.

O objectivo é mostrar que com espaços não necessariamente de grandes dimensões se conseguem obter zonas de estar amplas e flexíveis.Criam-se novos espaços, esperamos que mais surpreendentes, num vocabulário arquitectónico contemporâneo.

Nestas tipologias o interior de cada apartamento também pode ser alterado e apropriado aos diferentes modos de vida dos seus moradores.

Espaços que propiciem o bem-estar, pensados para uma sociedade em mutação, tanto à escala urbana como doméstica.

Construção/materiais

Eficácia e facilidade construtiva

Os edifícios tem uma estrutura modelar precisa – cada edifício tem um modulo base de aproximadamente 1,5m que permitem vãos económicos de 3m e 4,5m.

As zonas de águas estão todas aprumadas.

São estas regras precisas que permitem grande flexibilidade na agregação das diferentes tipologias.

Para que os custos sejam reduzidos propõe-se uma redução dos envidraçados nas fachadas.

O projecto pretende questionar o conforto ambiental e incorporá-lo no projecto em alternativa aos sistema energéticos e mecânicos, tendo atenção às técnicas de energia solar passiva e ecológicas.

O projecto procura acordo entre as técnicas de mercado para compor sistemas que minimizem o consumo de energia e o seu impacto ambiental.

Propõe-se a utilização de materiais ligeiros com recursos passivos como a massa das paredes; a combinação de uma construção em sito com sistemas construtivos a seco que possibilitem a montagem e desmontagem de componentes(painéis de amovíveis que possibilitem incorporação de infra-estruturas técnicas); a utilização de materiais biodegradáveis e a eliminação de acabamentos aderentes.

Projecto2003 

LocalizaçãoCacém, Sintra, Portugal 

ArquitecturaFrancisco Vieira de Campos e Cristina Guedes

Equipa de ProjectoOdete Pereira, Fernando Pinheiro, Gabriela Barbosa, António José Teixeira, Cristina Maximino, Cláudia Costa, Maria Maltesinho, Óscar Ribas, Diogo Lage e Ricardo Cardoso

EspecialidadesDHV Tecnopor

Instalações Mecânicas, Gás e TérmicaRaul Bessa

Condicionamento AcústicoSOPSEC

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