A implantação resulta das características do loteamento e da topografia.
A casa desenvolve-se em dois níveis, de forma a melhor adaptar-se à sua morfologia. A pendente a nascente transforma-se em talude através de um muro de contenção de terras. Este muro/talude em xisto esconde o piso de quartos que fica enterrado e escavado como se de um esconderijo se tratasse.
Na parte superior do terreno, e com vistas sobre o mar, situa-se a sala e a cozinha. Um plano oblíquo agarra-se ao solo a nascente e abre-se com grandes envidraçados no sentido do mar (poente), acentuando o carácter de construção a emergir do terreno.
As paredes interiores são em betão armado, com excepção das paredes das zonas de águas (WC) que são revestidas a mármore. Todo o pavimento da casa é em soalho de madeira, com excepção dos quartos de banho que são em mármore. Portas e armários são em madeira envernizados. As caixilharias exteriores são executadas em madeira ou em aço inox.
Toda a área exterior permanece com a cobertura vegetal existente. Só o percurso de acesso à habitação é construído e tratado como um pavimento pousado sobre o terreno que se prolonga na cobertura da sala com vistas sobre o mar.
Projecto1996
Construção1998-2003
LocalizaçãoOfir, Braga, Portugal
ArquitecturaCristina Guedes e José Fernando Gonçalves
Equipa de ProjectoNuno Brandão e Alexandra Pires
EngenhariaHipólito Sousa
ConstrutorOliveira Sampaio / Soares Barbosa
FotografiaAlessandra Chemollo